Continuamos semanalmente quer em Portugal, quer em jogos no estrangeiro, a ter lances de decisões erradas por parte das equipas de arbitragem, onde através de uma simples repetição, por vezes nem sendo necessário recorrer à câmara lenta, se observa em poucos segundos que a bola não entrou na baliza, que o golo foi em fora de jogo, que houve grande penalidade ou que um jogador agrediu o seu adversário, situações importantes para o desenrolar do jogo, que, quando mal julgadas por parte dos árbitros acabam normalmente por ter influência no resultado final.
E é para lances como estes, que eu defendo o vídeo-árbitro, ou seja onde a repetição da imagem, não deixa qualquer dúvida sobre a decisão correcta a tomar. Não defendo o vídeo-árbitro para todas ou qualquer decisão, sendo que, nas situações onde as dúvidas continuassem a existir, e onde se discutisse a "intensidade" da falta, se a mão foi ou não deliberada, ou se o corpo estava ou não em linha, nestes casos, a decisão inicial tomada pelo árbitro mantinha-se.
Para além de tudo isto, o número de vezes, em que cada equipa poderia recorrer a estas imagens durante um jogo estaria sempre limitado a duas ou três intervenções, reduzindo assim o tempo que eventualmente se perdia, e de acordo com as estatísticas existentes, resolvendo os quatro ou cinco casos mais graves e complicados que em média acontecem num jogo.
Assim sendo, ficava o árbitro livre de no próprio jogo, na semana seguinte, e por vezes ao longo da sua carreira, de ouvir o seu nome sistematicamente arrastado nas bocas de "escárnio e maldizer", defendendo-se desta forma, as equipas, o árbitro, mas sobretudo a verdade desportiva, conferindo-se assim mais e maior credibilidade a este espectáculo fantástico que é um jogo de futebol.
É por tudo isto, que as novas tecnologias, o vídeo-árbitro e todas as formas de auxílio à tomada de decisão, são urgentes e têm de ser implementadas para que o futebol continue a ser o desporto-rei, mas pelos melhores motivos e razões.
Artigo de opinião de Pedro Henriques no jornal O Jogo
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