José Silva - Tenho 31 anos, vivo em Montes Velhos, sou técnico de SIG (Sistemas de Informação Geográfica) e Trabalho na Associação de Beneficiários do Roxo onde sou responsável pela Área da Topografia, Cartografia e Informática.
Como pessoa considero-me uma pessoa amiga, sincera, justa e muito teimosa.
Como Árbitro tento ser o mais justo possível, ser isento, errar o menos possível e claro ajudar a dignificar esta classe que por todos é tão mal tratada.
AFF - É árbitro há 9 temporadas, e desde sempre teve a noção de que seria na função de árbitro assistente o seu futuro?
JS - É verdade, vou para a minha 10ª época, como o tempo passa rápido, ainda parece que foi ontem que iniciei o meu percurso de árbitro.
Sim, sempre foi com a função de árbitro assistente que pensei evoluir e chegar aos Quadros Nacionais e passado este tempo todo, ainda é assim que continuo a pensar.
AFF - Conseguiu há um ano atrás a promoção ao quadro nacional, as coisas iniciaram mal com o chumbo nas provas físicas e caso não tivesse essa penalização teria ficado em lugar de promoção, assim foi despromovido. Tão perto do céu e afinal voltou para trás...
JS - Há 1 ano fui fazer as provas de acesso ao quadro nacional e fiquei em 12, depois passado um tempo saíram os quadros dos árbitros assistentes e o meu nome não constava na lista, ou seja, só tinham entrado 11, eu fiquei frustrado, desiludido e desleixei-me, deixei de treinar, engordei e a 3 dias do início das provas fui informado que tinha aberto 1 vaga e que eu deveria apresentar-me em Fátima. Não estava preparado e chumbei nas físicas. Foi essa penalização que não me deixou ficar em 3º lugar e ser promovido á 1ª Categoria e me empurrou para a Distrital. Com isto aprendi uma grande lição. Quero aproveitar também para agradecer á equipa (Edgar Gaspar e Carlos Nilha), que sem eles não teria feito uma época tão boa mas também pelo que aprendi com eles. O erro foi meu e sou o único culpado da minha despromoção.
AFF - Tem 31 anos e não se pode perder tempo, o seu objectivo passa por regressar já ao quadro nacional?
JS - Sim, é isso que eu pretendo e é para isso que vou trabalhar afincadamente.
AFF - Como vai ser a sua época 2010/11?
JS - Vai ser uma época difícil, dura e onde terei de trabalhar muito para não só conseguir a minha promoção aos quadros nacionais, como ajudar o árbitro Edgar Gaspar a atingir os seus objectivos.
AFF - Qual a sua opinião acerca da arbitragem distrital? Está de boa saúde?
JS - Eu sou uma pessoa optimista por natureza e por isso continuo a achar que sim, noto uma evolução grande dos nossos árbitros não só a nível técnico, físico como também a nível de mentalidades. Para isso muito tem contribuído o bom trabalho do conselho de arbitragem e da comissão técnica, mas ainda há muito a fazer para que consigamos um dia voltar a ter árbitros de Beja na 1ª liga.
AFF - Concorda com a introdução das novas tecnologias no futebol para evitar alguns erros dos árbitros?
JS - Concordo com a introdução de algumas novas tecnologias no futebol, porque serviriam como instrumento de protecção e defesa dos árbitros, como por exemplo, na linha de baliza entre os postes para se saber se a bola entrou ou não na baliza.
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