segunda-feira, 5 de julho de 2010

Entrevista a Jorge Fontes

Arbitragem de Futebol e Futsal - Quem é o Jorge por detrás do apito. De uma maneira geral diga-nos quem é.
Jorge FontesEsta resposta é de todo a mais fácil que me podem colocar, pois como sempre foi a minha forma de estar na arbitragem assim como na vida, acho que devo deixar para outros fazerem, uma avaliação sobre a minha pessoa, mas sempre posso deixar algumas das linhas directoras que norteiam a minha vida, de onde posso destacar, a família o trabalho os amigos e também o futebol, particularmente a arbitragem à qual me dedico de uma forma especial.

A.F.F. - Foi jogador de futebol até tarde, depois passou para árbitro já tarde, mesmo assim atingiu os quadros nacionais. Sente que se tivesse vindo mais cedo poderia ter ido mais longe?
J.F. - Nunca pensei nisso da forma como me coloca a questão, dado que no desporto, sempre fiz o que mais gostava e me parecia adequado para a altura. Fiz atletismo até por volta dos 23 anos, ainda conseguia ir fazendo os meus joguinhos de futebol pois comecei bastante cedo, joguei até aos 29 anos, por motivos diversos tive de deixar de praticar, mas o bicho fica sempre e na época seguinte por intermédio de um grande amigo e antigo dirigente do Conselho de Arbitragem fiz o meu curso de arbitro e lá fui atingindo os objectivos possíveis sem metas muito definidas pois nessa idade já não se pensa em grandes voos como arbitro.

A.F.F. - Depois veio a carreira de Observador onde pela 3ª vez atinge a promoção! Não é fácil. É um perito em provas de promoção?
J.F. - Essa é boa, ainda não tinha pensado nisso mas já cá ando à vinte anos e não me recordo de ninguém com tantas subidas aos quadros Nacionais. Mas não sou de forma nenhuma o tal perito, é mais uma questão de dedicação e tentar beber nas melhores fontes, não ter vergonha de procurar quem nos pode ajudar e felizmente no nosso conselho temos pessoas capazes e disponíveis.

A.F.F. - Que futuro adivinha para os jovens árbitros do nosso distrito, que trabalho há a fazer ?
J.F. - Espero que me perdoem mas eu quero deixar uma pequena estória, que ficou do passado dia 3 de Junho, na bonita festa de encerramento levada mais uma vez a efeito de forma superior pelo nosso CA. como todos se recordam o tema era esse mesmo (O FUTURO).
Pouco passaria das 10 da manhã e já se preparavam três equipas para a grande jogatana e como não podia deixar de ser eu lá estava para dar uns pontapés na menina, aquilo passados poucos minutos e como não existia outra forma de segurar aquela malta mais nova passei a utilizar meios ilegais para contornar essa falta de pernas, a partida que estava a ser superiormente apitado pelo nosso, Mestre Abano Fialho, ele concerteza permitir-me-á que o trate assim, rapidamente me fez perceber que não era esse o caminho que eu devia seguir mas como eu não estava para aí virado fiz orelhas mouca e da vez seguinte ele não foi de modas e a advertência ainda na 1ª parte foi o prémio para a forma incorrecta como tentava ultrapassar os adversários.
Depois da malta se ter refrescado lá voltamos ao jogo e pronto eu nesse dia estava mesmo para ganhar e ultrapassar toda a gente fosse como fosse, sem olhar a meios nem respeitando regras, esta minha forma errada de de agir nesse dia levou a que o arbitro e muito bem me exibisse o 2º cartão amarelo e consequente vermelho, fiquei desta forma excluído prematuramente de uma das coisas que eu mais gosto (dar uns pontapés na bola).
Como toda a gente deve ter percebido esta pequena estória é uma brincadeira que se passou durante a nossa festa e claro foi apenas uma forma para ir ao banho um pouco mais cedo.
Devo aqui deixar uma palavra de confiança nos nossos jovens pois existe gente com muita qualidade , o trabalho que o conselho de arbitragem desenvolve na área da formação e que em minha opinião é excelente deve ser aproveitado por estes jovens para melhorar os seus conhecimentos, como é evidente sem muita vontade, dedicação e respeito pelos outros nada se consegue.

P.S. Quero esclarecer que o assunto com o árbitro ficou resolvido logo no próprio dia durante o almoço que decorreu em boa harmonia.

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